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Colo curto e prematuridade: diagnóstico e tratamento

s 27 de setembro de 2022

Durante a gravidez, com o crescimento e desenvolvimento do feto, é natural que ocorra um aumento do útero, além do aumento do fluxo sanguíneo para esse órgão. Isso faz com que, com o passar do tempo de gestação, o útero fique mais pesado. Com isso, o esperado durante esse ciclo é que o colo do útero se mantenha firme, forte e fechado. 

O normal é que o colo abra somente no momento do nascimento ou algumas semanas antes, mas já para o final da gravidez entre a 18ª e 24ª semana de gestação, chegando a medir mais de 2,5 centímetros. Se for menor do que isso, o colo é considerado curto, segundo o resultado de estudos obstétricos em medicina fetal. 

A principal causa de um colo do útero curto durante a gravidez é a insuficiência cervical (ou incompetência istmocervical). Nesse processo, se o colo do útero for curto, a pressão exercida pode fazer com que se abra antes do bebê estar pronto para nascer.

Quer entender ainda mais sobre o assunto? Continue lendo e confira abaixo! 

Relação entre colo curto e prematuridade

Quando se fala em prematuridade, vários estudos mostram que, entre os fatores de risco, a presença de colo curto no segundo trimestre de gestação está relacionada a uma maior possibilidade de parto prematuro. 

Desse modo, pode-se constatar também que, quanto menor o comprimento do colo, menor será a idade gestacional do parto, independentemente da história reprodutiva.

A prematuridade é a principal causa de morbimortalidade neonatal, com risco de graves complicações neonatais e incapacidade em longo prazo. Por isso, a identificação de gestantes que apresentam maior risco para parto pré-termo espontâneo é de extrema importância para evitar maiores problemas, principalmente na fase final da gestação. 

Sintomas comuns entre pacientes com colo curto 

Algumas mulheres com o colo do útero curto apresentam sintomas leves, embora esse seja um quadro assintomático na maior parte dos casos. Eles geralmente aparecem entre 14 e 20 semanas de gravidez e incluem:

  • dor nas costas;
  • pressão pélvica;
  • cólicas abdominais;
  • alteração no volume, cor e consistência do corrimento vaginal;
  • leve sangramento de escape ou hemorragia;
  • contrações semelhantes às de Braxton Hicks.

Diagnóstico e tratamento 

No momento, o ultrassom é a maneira mais confiável de diagnosticar essa condição. É através dela que o comprimento cervical poderá ser medido. Essa detecção precoce de um colo do útero curto durante a gravidez pode ajudar a prevenir o nascimento prematuro, pois permite que as mulheres recebam tratamento em tempo hábil.

O tratamento para um colo do útero curto inclui o uso de progesterona, o pessário e a cerclagem cervical. Além disso, se o diagnóstico de colo do útero curto for comprovado, o repouso absoluto pode ser recomendado como medida de precaução.

Por fim, um acompanhamento regular e uma consulta com um especialista em gestações de alto risco, seguem sendo a melhor alternativa para que qualquer problema como um colo do útero curto durante a gestação possa ser encontrado e tratado precocemente.


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